Primeiramente gostaria de pedir desculpas pelo meu sumiço no Blog, acontecem tantas coisas que escrever acaba sendo algo que a gente deixa para depois e não deveria, eu sei.

Mas agora estou retomando e pretendo compartilhar dicas e experiências atuais com vocês.

Outro dia um leitor do blog me enviou uma questão e achei interessante de compartilhar, ele me questionou:

“Estou montando um projeto de cursos a distância e montarei todos os conteúdos em vídeos, o que você acha?”

Claro que só essa informação é muito pouca, fui atrás de maiores detalhes e ele me explicou que está montando cursos para o público corporativo, voltados às características comportamentais e ele imagina que os vídeos são ideais atualmente.

O que eu o orientei e compartilho com vocês são alguns itens importantes para se pensar e definir se essa estratégia de cursos a distância é mesmo a mais adequada:

1. Quantidade de conteúdo

A carga horária do curso e consequentemente a carga horária dos vídeos devem ser bem definidas desde o início. Imagina um curso pequeno, de 30 horas, e o aluno tendo de assistir diversos vídeos em 30h? Mesmo que eles sejam divididos? Nesse exemplo, poderíamos dividir o curso em 30 vídeos de 1h ou 60 vídeos de 30 minutos?!

Então é importante analisar se um recurso tão lúdico e poderoso como o vídeo será bem utilizado ou não.

2. Tempo de produção

Quem grava vídeos mesmo que seja para as redes sociais sabe que seu tempo de produção não é algo curto. Gravar vídeos não requer apenas colocar a câmera para gravar e sair falando, é preciso ter um roteiro definido do que será abordado, treinos e uma edição, nem que seja mínima. Assim, produzir vídeos mesmo que seja no celular não é algo rápido e se a intenção é fazer algo mais profissional também é importante prever a atuação de diferentes profissionais.

3. Custo de produção

Os custos estão relacionados com o tempo de produção de um vídeo, assim, quanto melhor a qualidade dos vídeos, maior a quantidade de vídeos e consequentemente quanto mais profissionais envolvidos, maior será o custo dessa produção. Assim, não é algo barato, é preciso ter claro isso em mente.

4. Armazenamento dos vídeos

Dependendo da quantidade de vídeos que se quer produzir e a qualidade destes, o espaço de armazenamento pode ser um problema. É preciso manter os vídeos em formato aberto para possíveis edições futuras, além de te-los em diferentes formatos (formato HD ou web, por exemplo). Claro que hoje temos algumas possibilidades gratuitas como o youtube, mas o gerenciamento de grande quantidade de vídeos deve ser planejado.

5. Avaliação da aprendizagem

Vamos imaginar o exemplo dado acima, um curso de 30 horas totalmente em vídeo. Pressupõe-se inicialmente que o aluno ficará online durante todas essas horas assistindo os conteúdos, mas então surge uma questão: Como ele será avaliado? Se absorveu todo esse conteúdo? Haverá uma parte avaliativa no ambiente virtual de aprendizagem?

6. Qualidade da produção

Vídeos são ótimos recursos de aprendizado atualmente. Existem diferentes formatos de vídeo com bastante edição ou com pouca , por exemplo entrevistas, videoaulas, palestras, vídeos explicativos, simulações, etc. Dá para produzir muita coisa legal, mas é preciso verificar o tempo que se tem, o valor que se quer investir e a qualidade que se quer obter.

Importante não tornar o vídeo um simples substituto de uma aula presencial em que o conteúdo é passado no formato informacional, sem interação com o aluno.

Assim, fica difícil dizermos o que é melhor e a estratégia que dará um melhor retorno de aprendizagem ao aluno. Depende de uma série fatores, que vai além até do que foi abordado como pro exemplo tipo de conteúdo, público alvo, condições de acesso do público, enfim. Sempre digo que colocar em prática um curso a distância na é algo simples, rápido e barato, demanda muitas visões, muito planejamento, e foco sobre o que se quer atingir.