Quando você pensa em videoaula em cursos online o que vem a sua mente?
Um professor estático falando durante 30 minutos ou 1 hora sem parar seguindo um power point? Esse é o modelo que muitas instituições utilizam em seus cursos a distância. Esse modelo dá certo? O que buscamos ao desenvolver um curso a distância? O que o aluno quer ver quando deve/precisa/quer fazer um curso?
Neste artigo meu objetivo é repensar este modelo e propor novas dinâmicas e dicas.
Com a internet e as diversas fontes de informações que estamos submetidos, está cada vez mais difícil pararmos para nos concentrarmos por muito tempo sem interrupções. Com isso os cursos que criamos precisam ser cada vez mais dinâmicos e interativos. Precisamos a todo momento estar repensando o formato pelo qual criamos um curso, será que ele está atendendo ao que o aluno precisa?
Os vídeos são vistos por muitos como recursos dinâmicos e ilustrativos dentro do um curso. Um recurso que consegue na maioria das vezes substituir ou complementar muito bem um conteúdo escrito. Porém, vejo muitas instituições sub-utilizando este recurso tão interessante. A seguir listo 5 dicas de como melhor utilizar este recurso:
1. O professor precisa ser dinâmico
Ok, sabemos (sabemos?) que o professor não é ator nem apresentador de TV e por isso ele não irá na frente das câmeras dar um show de dramaturgia ou apresentação. Mas o professor que for gravar precisa ter boa dicção, boa comunicação com o público e ser dinâmico.
O professor precisará interagir com o aluno, com o ambiente, com o material, com a atividade do curso. ele precisará saber exatamente como o curso foi construído. Por isso o vídeo é a última unidade do curso a ser desenvolvida.
2. Foque em vídeos curtos e objetivos
Quem aguenta uma aula de 30 minutos ou 1 hora onde o professor só pula slides? Se isso é entediante ao vivo, imagina através do vídeo? Vai duplicar o tédio do aluno e este não irá terminar de assistir os vídeos. Então prefira vídeos curtos e objetivos de no máximo 10 minutos. Vídeos que se interliguem entre si para que o aluno fique ansioso para assistir o próximo conteúdo/módulo.
3. Explane o assunto de outra forma
Segundo a teoria de Gardner, cada pessoa tem um tipo de inteligência e por isso uma forma de aprender diferente. Ou seja, há pessoas que preferente ler, outras preferem assistir vídeos para aprender. Você até pode optar em ter todo o conteúdo em vídeo, mas pense também naquele aluno que quer ler algo, imprimir, riscar, resumir. Por isso uma solução é utilizar o vídeo para explicar determinado assunto de uma outra maneira, complementando o que os textos dizem.
4. Crie canais de comunicação
Diferente do presencial, durante uma videoaula o professor não tem acesso às expressões ou dúvidas dos alunos durante a explanação de um conteúdo. Por isso a sugestão é criar esse canal através de fóruns ou chats agendados para que o aluno possa assim interagir com os conteúdos e com o professor durante o curso.
5. Tenha uma equipe que entenda sobre o assunto
Para não deixar os seus vídeos com aparência de amadorismo, a instituição precisa investir na produção, edição e pós produção desse vídeo e realmente isso não é barato. Esse custo precisa estar no planejamentos dos custos do projeto. Nesse quesito é preciso pensar em cenário, preparação do professor que vai gravar, roteirização da fala, equipamento adequado, edição criativa e finalização compatível com o ambiente virtual de aprendizagem.
Espero que essas dicas sejam úteis a vocês, caso tenha alguma dúvida ou comentário não deixe de escrever.
Um comentário
Oi Adriana,
Estou começando a ler o conteúdo do seu blog e já achei muito interessante todas estas dicas, inclusive para conseguir planejar os custos da criação de um curso. Se você puder me passar mais informações sobre outros custos que estão envolvidos ficarei muito contente!
Obrigado pelo conteúdo de qualidade
Douglas